Foto: Charles Guerra (Arquivo Diário)
Santa Maria tem registrado temperaturas mais frias a cada dia. O momento do banho pode ser assustador diante do frio, e o chuveiro elétrico é mais exigido para aquecer. Antes de mudar a chave para o quente e desfrutar desse conforto, no entanto, é preciso estar atento às instalações elétricas do imóvel, para que a condição de uso do aparelho seja preservada e seu funcionamento o mais seguro possível.
O alerta vem do engenheiro eletricista Edson Martinho, do Programa Casa Segura - uma iniciativa do Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre) para conscientizar usuários da eletricidade sobre os riscos de acidentes causados por instalações elétricas inadequadas e para orientar eletricistas sobre as boas práticas da profissão na prestação de serviços.
Para Martinho, o primeiro requisito para quem quer aproveitar a experiência do banho quente com segurança é escolher, na hora da compra, um produto certificado. Levar em conta a potência do aparelho e a estrutura elétrica já disponível no imóvel é o segundo critério obrigatório.
- Antigamente, era comum chuveiros com potência elétrica de 3.500 watts. Hoje, há modelos com mais do que o dobro disso de potência à venda no mercado. Não se pode, simplesmente, fazer a substituição dos aparelhos ou aumentar o valor dos disjuntores sem saber se a rede suporta a nova carga - destaca o engenheiro.
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Segundo ele, as instalações são dimensionadas em projeto elétrico, divididas em circuitos para serem dispostos no quadro de distribuição da residência, havendo a necessidade de um circuito dedicado ao chuveiro elétrico. Ampliar as cargas sem avaliar as condições elétricas do imóvel poderia aumentar o risco de curto-circuito e choque elétrico.
Na instalação, o cuidado a ser observado, e que antecede a execução do serviço, é o desligamento da chave geral, exigência necessária também para a troca de resistência.
- Para maior segurança, após o desligamento da chave geral, o eletricista deve usar uma chave-teste para se certificar de que não há fuga de corrente no sistema elétrico antes de efetuar a instalação do chuveiro - alerta Martinho.
A manutenção ou a troca de resistência é outro procedimento que requer cautela, devendo ser realizado sempre com o chuveiro desencaixado da base, em local seco, que não ofereça risco de contato com a rede elétrica.
- Jamais mexa em aparelhos elétricos com as mãos molhadas ou com o corpo úmido - reforça o engenheiro.
Para evitar a queima da resistência, a dica é manter a chave no modo desligado, abrir a torneira e deixar a água fria escorrer por alguns segundos antes de fechá-la. Só então, a chave deverá ser ajustada na temperatura desejada e a torneira reaberta para o banho quente.
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- Caso o reservatório de água do chuveiro esteja vazio, ligá-lo já com a temperatura quente para o banho pode queimar a resistência - afirma o especialista do Programa Casa Segura.
A seleção da chave de temperatura é outro ponto de atenção. Ela não deve, em hipótese alguma, ser movimentada com o chuveiro ligado, porque pode ocasionar choque elétrico. Além disso, resistências queimadas não devem ser reaproveitadas.
O sistema elétrico, muitas vezes, pode dar sinais de que está com problemas. Exemplos disso são pequenos choques ao movimentar a torneira ou a queda do disjuntor com frequência ou durante o banho. Nesses casos, a instalação precisa ser revista e atualizada.
Para aumentar a segurança, Martinho aconselha avaliar as condições elétricas do imóvel a cada cinco anos e incluir dispositivos como o fio terra e o diferencial residual (DR) no sistema elétrico, para anular o risco de fugas de corrente.
*Com informações de Expressão das Letras Comunicação